Acredito que quando educamos crianças, devemos ensiná-las a encontrar a felicidade da segunda maneira em vez de passar a falsa impressão de que o mundo inteiro está aí apenas para proporcionar a ela prazer e felicidade. E quanto a nós, mais maduros, independentes e autônomos, devemos buscar viver também no segundo modo, de forma que nos acostumemos com isso cada vez mais. Não há nada que nos deixe mais felizes do que ver um sorriso sincero no rosto de alguém!
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
Felicidade
Acredito que quando educamos crianças, devemos ensiná-las a encontrar a felicidade da segunda maneira em vez de passar a falsa impressão de que o mundo inteiro está aí apenas para proporcionar a ela prazer e felicidade. E quanto a nós, mais maduros, independentes e autônomos, devemos buscar viver também no segundo modo, de forma que nos acostumemos com isso cada vez mais. Não há nada que nos deixe mais felizes do que ver um sorriso sincero no rosto de alguém!
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Considerando que o egoísmo é inviável, já que uma pessoa que se importa consigo mesma vai acabar sendo prejudicada por pensar só em si mesma e seu próprio bem, talvez possamos entender que, a menos que alguém viva em um mundinho muito artificial, vai perceber que quando busca o bem dos outros, acaba, indiretamente sendo mais feliz... se ela se importa consigo mesma, vai ver a necessidade de buscar o bem dos outros para se beneficiar indiretamente. E é possível que ao importar-se com os outros por motivações egoístas, vá, sem perceber, se importando com os outros cada vez menos por egoísmo até que isso seja um fim, e não mais um meio...
ResponderExcluirMas o que eu queria dizer, é que nesse sentido, o egoísmo é inviável, ou seja, se ele for levado por todos até as últimas consequências irá demonstrar como um mundo egoísta é inviável. Essa percepção deveria conduzir a uma nova forma de enxergar as relações: o altruísmo.
Então pensei que isso se assemelha muito à teoria kierkegaardiana dos estágios. Como se houvesse um estágio de preocupação unicamente com si mesmo e seu prazer e outro de preocupação com o bem do Outro. Mas aí percebi que pode ser que a própria teoria dos estágios dê conta disso! O egoísmo seria o estágio estético e a preocupação com as outras pessoas mais do que as vontades pessoais seria o estágio ético. Bem, era isso que eu queria dizer, afinal de contas!
Quando eu ter mais leitura de Kierkegaard posso confirmar se essa minha especulação têm alguma substância ou não faz sentido nenhum.
Que bom que ninguém lê isso mesmo... Porque não consigo corrigir meus erros de português nos comentários.
ExcluirMas uma coisa que me parece atrapalhar bastante a questão é o orgulho. Pois, para Lewis, orgulho não é querer ter bastante, mas ter mais do que o outro. Simples assim. Logo, se eu for orgulhoso, e não apenas muito preocupado com meu bem; ou seja, mais preocupado com meu ego inflado e dolorido (Timothy Keller - Ego transformado) do que com meu ser como um todo; não interessa se tenho muito ou pouco, o importante é que tenha mais do que o outro. Posso até estar em uma situação de grande miséria. Se o outro for mais miserável do que eu, estou bem! Por outro lado, se o outro está muito bem, eu posso estar suficientemente bem, isso não me satisfará.
ResponderExcluirEstar no meio de quem está bem nos faz bem - a menos que sejamos orgulhosos.
Logo, não só o altruísmo, mas também a humildade devem fazer parte da nossa postura com a vida e com os outros se quisermos estar bem.
Essa transição para o altruísmo poderia ser entendida como a mudança do paradigma do Amor-Necessidade para o Amor-Doação, em termos definidos por Lewis. Nesse caso, o que Lewis chama de Amor-Doação é o que entendo como a disposição interior presente na segunda forma de busca da felicidade, enquanto que a preocupação com o Outro apenas visando benefício próprio seria Amor-Necessidade. Esse termo ajuda, também, a entender muito bem que uma preocupação com os outros é necessária, já que o egoísmo é inviável.
ResponderExcluirFicamos felizes ao fazermos outros mais felizes. Com efeito, o amor existente na busca da felicidade dos outros que pode, realmente, nos fazer felizes é o Amor-Doação, amor livre, voluntário. Isso passa a ser um desejo.
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