Era uma vez um menino que não tinha nenhum amigo. Um dia o melhor amigo dele morreu. No velório ele se sentiu só. Se sentiu em casa. Sentiu-se só como em casa.
Era uma vez um menino só. Ele nunca foi em nenhum velório exceto em pensamento.
Era uma vez uma menina que se trancava em seu quarto. Um dia ela perdeu a chave e ficou presa.
Era uma vez uma menina que, nunca trancava a porta porque não queria ficar presa.
Era uma vez um contador de histórias. Ele inventava as mais absurdas fantasias. Não dormia cedo. Não fazia o que queria. Olhava para os instrumentos ao lado da cama. Se perguntava por que sua vida não era uma música.
Era uma vez um contador de histórias. Ele inventava que era um contador de histórias.
Era uma vez uma borboleta que brilhava como o mar. Para ela, tudo brilhava, até o mar. Tinha asas azuis e um pote de sorvete. Quem gosta de sobremesa perde a ceia e pede o fim. Cabe mais mar um um por de sorvete vazio. Tem mais fim no vazio que no começo do oceano.
ResponderExcluirEra uma vez uma borboleta azul como o mar.
Era uma vez um começo. As pessoas, curiosas iam vê-lo; as virtuosas medi-lo medi-lo; mas ninguém podia compreendê-lo. Um dia ele desistiu e do para a cidade vizinha. Não tinha mais vida estabelecida e começou tudo de novo. Um dia um jovem foi banhar-se ao mar, num pote de sorvete. Tinha uma borboleta na mão e a chave de uma porta ao pescoço. Tinha um sorriso escondido na face.
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