(Trata-se só de um rascunho. Resolvi aproveitar um tempo para elaborar melhor as ideias. Pretendo falar sobre o assunto dos relacionamentos sem compromisso. Muito se fala que o sexo deve ser no contexto de compromisso do casamento, contudo, pouco se fala do contrário, da falta de compromisso. Ou, quando se fala, é só com um tom reprovador - não que não se deva reprovar uma vida carnal -, e não muito sistemático ou descritivo. Sei lá! O que me fez voltar a esses escritos foi a história de traição que escutei dos amigos de meu irmão.Minha ideia é apresentar a versão final desse texto em forma de pregação no grupo de jovens. Mas talvez deixar o texto aqui não fique ocupando espaço e bagunçando minha área de trabalho (risada forçada); e possa edificar a vida de alguém. Acho difícil, mas quem sabe alguém seja direcionado a este texto para edificação pessoal, trazida por Deus. A pergunta seria: por que Deus traria alguém para um blog, para encontrar ideias desenvolvidas e interpretadas da Bíblia e não para a própria Bíblia; e que edificação se pode ter com isso aqui? (risada de uma sinceridade humilde forçada))
Falar sobre ficar.
Salomão teve muitas mulheres e isso foi ruim para ele, slaOutro exemplo Bíblico, é a "ficada" do rei Davi com Bete-seba (não sei como se escreve e não quis pesquisar só pra escrever certo na anotação).
Algumas referências:
Por isso deixa o homem pai e mãe e seu une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. (Gn 3:24)
Como se foram multiplicando os homens na terra, e lhes nasceram filhas, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre rodas, mais lhe agradaram. Então, disse o SENHOR: O meu Espírito não agirá para sempre no homem, pois este é carnal [...]. (Gn 6:1-3a)
Entretanto, o firme fundamento de Deus permanece inabalável e selado com esta inscrição: “O Senhor conhece quem lhe pertence” [3] e “afaste-se da iniqüidade todo aquele que confessa o nome do Senhor”.20 Numa grande casa há vasos não apenas de ouro e prata, mas também de madeira e barro; alguns para fins honrosos, outros para fins desonrosos.21 Se alguém se purificar dessas coisas, será vaso para honra, santificado, útil para o Senhor e preparado para toda boa obra.22 Fuja dos desejos malignos da juventude e siga a justiça, a fé, o amor e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o Senhor.
Agora sim, da metade ao final do texto (incompletamente desenvolvido):
Há, certamente, alguns perigos, quando o assunto é
relacionamento sem compromisso.
Em primeiro lugar, é preciso colocar que relacionamento e a
falta de compromisso já parecem meio incompatíveis. É, talvez, inconcebível a
ideia de um relacionamento sem compromisso. Relacionamento não é só um namoro
entre um menino e uma menina, pode ser uma amizade, a relação familiar, as
companhias do colégio, a relação com o pastor etc. Imagine-se na fila do banco.
Lá, você, cansado de esperar, começa um diálogo com um desconhecido que está ao
seu lado. Falam durante 5 horas ininterruptas sobre tempo, futebol, economia,
futebol, política, mundo do trabalho, educação, futebol, arte e cultura e
religião. Ao final, despedem-se e segue cada um seu caminho. Houve uma
socialização, não um relacionamento. Agora, caso trocassem contatos e continuassem
a se ver, com certa frequência, poderíamos chamar isso de relacionamento.
Concluímos então, que relacionamento exige compromisso.
Além dessa incoerência, há outros fatos que demonstram a
ineficiência dos relacionamentos sem grandes compromissos:
Inicialmente, precisamos entender que vivemos na modernidade.
A modernidade foi construída encima do cartesianismo de sujeito e objeto. O
sujeito está no centro, tem sua subjetividade. Tudo o que está à volta dele é
objeto, não é ser. Quem está no centro é o eu. Somente o eu é sujeito, o resto
é objeto. Se o resto é objeto, ele pode ser manipulado, usado ou desprezado, de
acordo com os interesses do sujeito. Isso quer dizer que o que importa é o que
eu penso, o resto que se dane. Portanto, num relacionamento sem compromisso é
muito forte esse pensamento. Você se relaciona com alguém que é capaz de te
oferecer o que você quer. A outra pessoa é só um objeto que você manipula para
conseguir o que você quer.
Pode-se, aqui, citar algo bem comum num relacionamento
jovem. A garota tem o objetivo de conquistar segurança, status e estabilidade.
Quer seu príncipe encantado. O garoto quer viver experiências sexuais. A menina
vai dando liberdades na busca de garantir a estabilidade no relacionamento. O
garoto dispensa carinho, atenção e paciência para conquistar cada vez mais
liberdade. Ambos se tornam meros objetos, onde a relação com o sujeito, o eu, é
mera manipulação para garantir aquilo que se quer. No caso desse exemplo,
provavelmente se perceberá que o objetivo de um não é o objetivo do outro, e
quando houver essa consciência, é difícil que se produza mais do que
sentimentos desagradáveis e negativos e que o relacionamento continue. Por quê?
Porque se terá a consciência de que o objeto não é capaz de dar ao eu aquilo
que o eu quer. É melhor procurar outro objeto.
Já que falamos dos sentimentos desagradáveis e negativos, o
que se sente quando se descobre que o seu ficante estava se agarrando com outra
pessoa durante a sua ficada? Acredito que ainda pior seria se todo o colégio
ficasse sabendo dessa “traição”.
Um relacionamento sem compromisso não é capaz de suprir toda
a necessidade de socialização, atenção e cuidado que se tem, pelo fato de que
não se pode chegar muito perto de uma pessoa que se sabe que não ficará muito
tempo próxima. É perigoso revelar seus segredos mais íntimos para alguém que
logo ficará intima de outra pessoa. O risco é de os segredos não serem mais
segredo, mas notícia. E não é possível se sentir confortável em um ambiente que
não se conhece. Aquilo que pensávamos que ninguém sabia é motivo de olhares
desagradáveis e ameaçadores.
Outro grande problema é o risco de viver experiências frustrantes
as quais ficarão para sempre como lembrança. Essas memórias vão fazer parte de
você no novo relacionamento e isso pode provocar uma grande confusão e repetir
as experiências frustrantes. Você pode se tornar uma pessoa machucada e levar
isso para sua nova relação, de forma que acaba machucando também a outra
pessoa.
Há, além disso, o maior de todos os problemas: se apaixonar.
É no momento em que se começa a sentir atração afetiva e emocional pela outra
pessoa que a coisa pode ficar realmente perigosa, pois um corte na pele logo
cicatriza e sara; um osso quebrado pode ser corrigido e recalcificado; uma
queimadura vai aos poucos sendo curada; mas uma ferida no mais profundo do
coração doerá além do corpo, doerá na alma, esse machucado se prolongará para
um ser dotado de interioridade e espiritualidade. Porém, a raiz do problema
verdadeiramente não é o fato de envolver sentimento, mas sim, o fato de se
iniciar um relacionamento considerando, acima de tudo, o exterior, o corpo, o
prazer, a fama de pegador.
Um relacionamento ideal deve ser iniciado olhando
primeiramente para o espiritual, então para o sentimental e por último para o
exterior. É nesses três níveis, corpo, alma e espírito que pode existir o amor,
e um relacionamento verdadeiro, vivenciado no casamento, experimenta desses
três tipos de amor. Sim, o relacionamento precisa ter amor.
O nível espiritual deve ser o primeiro a ser consultado e
considerado quando se pensa em um relacionamento amoroso, porque somos seres
criados por Deus e viveremos o futuro da eternidade. É nisso que o cristianismo
acredita. Portanto, nossa prioridade deve ser nosso relacionamento com Deus.
Nada é mais especial, magnífico, espetacular, aprazível e
grandioso que se relacionar com o Criador do universo. Qualquer relacionamento
com as pessoas não pode ser nem comparado com a possibilidade de se relacionar
com Deus. Se entendermos que fomos criados à imagem e semelhança de Deus,
podemos refletir com isso: imagine poder ser um grande amigo do melhor e mais
famoso imitador da sua celebridade preferida (o cantor, o skatista, o jogador
etc.) Seria maravilhoso, né? Poder ir na casa dele depois da aula, ficar
batendo papo sobre sua personalidade preferida e sobre como esse imitador é
parecido com ela, falar sobre como vocês dois admiram aquela pessoa. Agora
imagine poder se relacionar assim, não com o imitador, mas com a própria
pessoa. É basicamente isso.
Deus quer ser o centro da sua vida. Ele quer estar contigo
em todos os momentos e quer que você o glorifique em todas as coisas que você
faz (e como você foi feito para isso, nada poderá te satisfazer mais!). Ele
quer ser prioridade. Nada de deixar os amigos, a família, o colégio, o
trabalho, o dinheiro, o celular, os prazeres etc. na frente de Deus. Deus deu
essa ordem para o seu povo: “Eu sou o SENHOR, o teu Deus, que te tirou da
escravidão. Não terás outros deuses além de mim (Ex 20:2-3)”. Deus é poderoso e
tem domínio sobre todas as coisas e tem grandes planos para a sua vida. Por
isso, devemos consultar a Deus primeiramente sobre todas as coisas e, de
maneira especial, sobre quem escolheremos para ficar ao nosso lado para sempre.
Ainda que fossemos extraordinariamente felizes aqui na Terra, de nada
adiantaria, se fossemos eternamente castigados por nossas escolhas erradas.
Melhor é viver a alegria da salvação. Só quem é salvo de verdade é capaz de experimentar
a verdadeira alegria e essa alegria contagia todas as áreas da nossa vida,
inclusive os relacionamentos.
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